Numa dessas viradas de ano em que estamos repletos de bons sentimentos e expectativas, experimentei sensações opostas no exato momento em que presenciava uma cena de um pai e sua filha, aparentando ter 3 anos. O homem caminhava e a menina corria para alcançá-lo, porém, o pai não queria que ela fosse com ele. A criança gritava "Pai", mas ele virava para ela e gritava para que voltasse para casa. E isso repetiu-se inúmeras vezes.
A filha insistia, e o pai, já irritado, ameaça jogar a sandália nela. A menina chora ainda mais forte... desesperada. Vendo que ela não ia desistir, o pai pega umas pedras no chão e joga na direção dela que chora e corre. Ele atira várias pedras na direção da filha, que desvia com muita habilidade e decepção. Independente da teimosia da menina diante da situação, existem outras formas de tentar convencer uma criança a obedecer...mas o que mais choca é a forma agressiva de lidar com o ser humano e traumatizar para sempre lembranças na vida de alguém que absorve e aprende com exemplos de seus "heróis"...
E o ano apenas começava. Imediatamente, acordava, como de um pesadelo, para a realidade.
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